O BELO MUSEU DO AMANHA
Para otimizar a captação de energia, mais de cinco mil painéis fotovoltaicos
foram acopladas às aletas móveis da cobertura metálica, que se movem conforme a
orientação do sol no Museu do Amanhã, com projeto de Santiago Calatrava.
POR
LUCIANA TAMAKI FOTOS LEONARDO FINOTTI
Edição 262 - Dezembro/2016
Pena que tudo tão lindo e
maravilhoso e uma policia bruta, atitudes ásperas e a não democráticas do
governador e políticos, sem contar a violência gratuita. Lamentável. Estas belas
obras existem para amenizar e humanizar
uma cidade tão cheia de contrastes. (PAULO).
Um dos marcos da requalificação do Porto Maravilha,
no Rio de Janeiro, o Museu do Amanhã se encontra em local privilegiado: na
recém-revitalizada praça Mauá, sobre um píer que avança na baía. Com a
demolição do elevado da Perimetral, em 2014, abriu-se uma visibilidade na
região essencial para a ressignificação da área, pois permitiu a contemplação
da própria praça, do Museu de Arte do Rio (MAR), de Bernardes Jacobsen
Arquitetura (AU 229), inaugurado em 2013, e também da igreja e mosteiro de São
Bento, fundados em 1590 e declarados como patrimônio da humanidade pela Unesco.
'Se há algo em que o Rio de Janeiro se destaca das
outras cidades é pela sua relação cidade-paisagem. A eliminação do elevado
permitiu abrir o espaço urbano ao mar, à natureza e ao contexto histórico e
cultural. Para mim, era essencial que o projeto se integrasse a esse conceito',
diz o arquiteto espanhol Santiago Calatrava, responsável pela concepção do
projeto, desenvolvido e gerenciado pelo escritório brasileiro Ruy Rezende
Arquitetura.
Para não prejudicar a visibilidade dos imóveis de
patrimônio histórico, anteriormente encobertos pela Perimetral, a altura máxima
no museu foi limitada a 18 m. O que poderia ser uma restrição foi um ponto
muito bem contornado pela posição de destaque do píer, que possibilitou o
desenvolvimento das quatro fachadas do museu e da cobertura - ela própria uma
quinta fachada.
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