Infraero
apresenta projeto de centro logístico no Aeroporto de Pernambuco
Espaço de 30 mil m² será concedido à iniciativa
privada e vai atender aos modais aéreo, rodoviário, portuário e ferroviário
Luísa
Cortés, do Portal PINIweb
13/Abril/2016
A Infraero apresentou na última
semana um novo projeto de concessão do Centro Logístico dos Guararapes, no
Aeroporto de Pernambuco. O empreendimento funcionará a partir de um contrato
que visa agilizar os negócios e garantir mais liberdade ao contratado.
"O Centro Logístico é um
espaço que abrigará diversas empresas do ramo logístico e que irão aproveitar a
localização dentro do aeroporto para criar um ambiente mais otimizado de
operação, já que se encontrará ao lado do modal aéreo, e de duas grandes
avenidas que ligam o espaço do Aeroporto às principais BRs e ao Porto de Suape,
principalmente. Haverá, então, a integração entre os modais aéreo, rodoviário,
portuário, e até ferroviário", explica Alexandre Oliveira da Silva,
superintendente do Aeroporto de Pernambuco.
Segundo o executivo, o centro
deve funcionar como uma espécie de “condomínio” que abrigará empresas de
qualquer setor. No espaço de 30 mil m², calcula-se uma divisão em oito lotes,
mas ainda há espaço para negociações com as empresas. “Lançamos esse negócio na
feira de São Paulo [Intermodal 2016] e esse é o início do diálogo. Até que seja
lançado o edital, muita coisa vai ser maturada, editada, diversos números que
ainda estão estimados. Somente o caminhar dessas negociações é que vai definir
exatamente quais serão os requisitos, que tipo de empresa vai apresentar [as propostas].
Mas, basicamente, uma empresa do ramo de logística, já que Pernambuco é um
estado que tem essa atividade extremamente desenvolvida”, afirma.
A previsão é de que o edital
fique pronto em julho, com o valor de R$ 25 milhões e prazo de concessão de 25
anos. Também será paga uma espécie de aluguel à Infraero.
“A principal inovação dessa
medida é o contrato único com uma empresa, que vai administrar todo o espaço
dos 30 mil m², e vai ter liberdade de negociar sem nenhuma amarra da Infraero,
com a empresa que quiser, desde que siga os ditames dessa atividade de
logística. Ela não pode, por exemplo, colocar um restaurante lá. Então, a gente
[Infraero] vai delinear algumas regras e esse concessionário sozinho vai gerir
aquele espaço todo da forma que ele quiser”, explica Silva.
O superintendente garante que a
implementação da área não afetará as atividades do aeroporto, e prevê, com a
medida, benefícios para a Infraero. "A ideia é de que a gente possa trazer
empresas que se aproveitem do modal aéreo para desenvolver as suas atividades.
Desenvolvendo as atividades das empresas, também desenvolve o aeroporto, porque
o sucesso desse condomínio logístico vai ser o nosso sucesso. Isso garante
sustentabilidade financeira ao aeroporto, pois maximiza as possibilidades de
arrecadação de receitas. É um negócio que precisa ser bom para todo mundo,
inclusive para a Infraero”, conclui.
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