Empresários:
tabela do frete causará danos ao consumidor e à economia
Publicado
em 05/09/2018 - 13:25
Por Agência
Brasil Brasília
A Confederação Nacional da
Indústria (CNI) reagiu nesta quarta-feira (5) ao reajuste da tabela para o
preço mínimo do frete rodoviário. Segundo a entidade, haverá aumento no preço
final dos produtos pagos pelos consumidores e a medida afetará negativamente o
crescimento da economia brasileira.
O presidente da CNI, Robson Braga
de Andrade, afirmou que o tabelamento do frete é uma “medida equivocada e
simplista” que não soluciona as dificuldades enfrentadas pelo transporte
rodoviário do país.
O Supremo Tribunal Federal (STF)
deve julgar três ações sobre o tema. Uma delas, movidas pela CNI, pede que a
Lei 13.703/2018, que instituiu o tabelamento do transporte de cargas nas
rodovias, seja declarada inconstitucional por violar princípios como o da livre
iniciativa e da livre concorrência.
A Associação Brasileira dos
Caminhoneiros (Abcam) classificou a tabela publicada hoje como uma mera
“atualização de preços para o serviço de frete rodoviário”. Para a entidade, a
nova resolução da ANTT continua não contemplando particularidades fundamentais
do setor, como a necessidade de correção dos valores conforme os tipos de
cargas; número de eixos e índices regionais que permitem atender às
peculiaridades de cada unidade da federação.
“A Abcam ainda analisa a
repercussão deste reajuste perante os caminhoneiros autônomos, entretanto,
antecipa que há uma grande preocupação com a forma como a tabela está sendo
conduzida”, informa nota da entidade, que calcula que o acréscimo médio foi da
ordem de 3% a 5% quando comparado com os valores da tabela anterior. Aumento
que, de acordo com a associação, “se fez necessário devido ao aumento médio de
13% do óleo diesel em 31 de agosto” e qua varia de acordo com a quilometragem,
quantidade de eixo e tipo de carga.
A associação anunciou que enviará
à Casa Civil um novo pedido de audiência para explicar suas preocupações, mas
reafirmou não haver qualquer movimentação de paralisação por parte das
entidades que representam os caminhoneiros.
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Edição: Graça
Adjuto
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