Novos
integrantes do Conselho Municipal de Planejamento Urbano do Rio de Janeiro são
empossados
Sob a presidência de Ivan Pinheiro, equipe promete
priorizar o eixo das Zonas Norte-Oeste
Luísa
Cortés, do Portal PINIweb
17/Janeiro/2017
Tomaram posse na última
segunda-feira (16) os novos integrantes do Conselho Municipal de Planejamento
Urbano da Cidade do Rio de Janeiro (COPUR-Rio), que ocuparão seus cargos
durante o biênio 2017-2018. Os arquitetos deverão propor e discutir alterações
urbanísticas, que privilegiem o desenvolvimento socioeconômico da cidade.
|
Entre os profissionais
escolhidos, está Augusto Ivan Freitas Pinheiro, que presidirá o conselho. Ele
foi um dos responsáveis pela concepção do corredor cultural de preservação e
revitalização do Centro, além de participar das ações de preparo da cidade para
o projeto olímpico Rio 2016. É professor de urbanismo na Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
A equipe também conta com o
trabalho de Paulo Casé, José Cândido Niemeyer Soares, Pedro Rolim e Márcio
Menezes, sendo os dois últimos funcionários de carreira da prefeitura. Paulo
Hamilton Casé é responsável por diversos projetos arquitetônicos do Rio de
Janeiro, assim como projetos de urbanização nos bairros de Ipanema, Bangu e na
favela da Mangueira. Já José Cândido Niemeyer Soares tem como seu principal
projeto a concepção do CIEP, em colaboração com Oscar Niemeyer.
Pedro Rodrigo Barbier Rolim, por
sua vez, foi coordenador da Coordenadoria Geral dos Programas de Interesse
Social da Secretaria Municipal de Urbanismo, responsável pelo licenciamento de
projetos da política habitacional do Município, do Estado e da Federação.
Márcio Menezes Lopes é integrante da Secretaria Municipal de Urbanismo,
Infraestrutura e Habitação, e também participou do projeto olímpico Rio 2016.
Segundo Freitas, a prioridade
será a discussão sobre o eixo das Zonas Norte e Oeste, ao menos nessa fase
inicial. Ele defende que a linha férrea seja incluída nos projetos, já que
corte os principais bairros dessas duas regiões.
Fórum
Urbanístico da Convenção Secovi-SP debate diretrizes globais e nova cultura
Ausência de visão de futuro é desastrosa para o
desenvolvimento urbano, afirma especialista
Fabiana
Holtz
30/Agosto/2016
Com o objetivo de disseminar o
conceito de uma nova cultura urbana, a Convenção Secovi-SP promoveu um extenso
debate sobre o tema durante o Fórum Urbanístico l, realizado nesta
segunda-feira (29). Para analisar as diretrizes globais para o planejamento
urbano, o evento reuniu Cláudio Bernardes, presidente do conselho consultivo do
Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP), o arquiteto Arthur
Parkinson, diretor presidente da Parkinson Desenvolvimento Imobiliário e o
urbanista Carlos Leite, membro do Núcleo de Estudos Urbanos de São Paulo.
Presente nas discussões
internacionais sobre soluções para o desenvolvimento das cidades de maneira
sustentável, humana e planejada, Bernardes apresentou os 10 princípios para uma
nova agenda urbana. "As cidades são verdadeiros motores de mudanças. Para
funcionar, o planejamento urbano deve ter como centro as pessoas. Em um momento
de eleições municipais acredito que é importante reforçar esses
princípios", acrescentou.
A questão será foco da terceira
Conferência das Nações Unidas sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano
Sustentável (Habitat III), que acontecerá em Quito, entre 17 e 21 de outubro. A
última edição do encontro ocorreu em Istambul (na Turquia), em 1996.
Parkinson, por sua vez,
apresentou um retrato do caos urbano, suas causas e propôs soluções. "A
ausência de visão de futuro, de pensar no longo prazo, com ações
implementadas passo-a-passo e
pactuadas com todos é desastrosa para o desenvolvimento urbano."
O arquiteto anunciou também que o
projeto da cartilha "Por uma nova cultura urbana", nascido em 2014,
está concluído. Produzida em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da
Construção Civil (CBIC), Senai e o Instituto Jaime Lerner (IJL), a publicação
visa auxiliar as prefeituras no planejamento urbano. "É preciso mudar de
rumo para evitar a catástrofe. O que o nosso setor pode fazer? Nós podemos e
devemos ajudar, e muito. É o momento de nos reposicionarmos", afirmou.
A proposta de planejamento
apresentada por Parkinson é estruturada em 30 anos, ou seis gestões, com o
desenvolvimento de planos de mobilidade, de bairro e zoneamento (parâmetros
urbanos). Nesse contexto, a gestão é fiscalizada de forma a garantir a
continuidade do projeto. "Uma nova cultura urbana irá nos levar a uma
cidade mais amiga. É gente nas ruas, nas calçadas, com a integração de todos os
modais", concluiu.
Otimista, o urbanista Carlos
Leite abordou detalhes do plano estratégico de Desenvolvimento Urbano Orientado
pelo Transporte (DOT) criado para a região de Alphaville, Barueri e Santana de
Parnaíba. O projeto tem uma visão de futuro de 40 anos. Isso significa que
estará completamente implantado na década de 2050. "Existem muitas
autoridades de municípios interessadas em implantar esse modelo de urbanização
em suas cidades, mas não há capacitação", lamentou.
Leite elogiou o surgimento de
mecanismos interessantes e inovadores para promover o DOT. Entre os instrumentos
urbanos inovadores, o urbanista citou planos diretores contemporâneos, PPPs
urbanas simplificadas; operações urbanas concentradas; Projetos de Intervenção
Urbana (PIU) e planos estratégicos com visão de futuro.
Agenda urbana
A nova agenda urbana que será
apresentada na Habitat lll apresenta 165 recomendações. Entre outros pontos, o
documento pede que a Habitação seja tratada como uma das maiores prioridades
para os governos nacionais e que a informalidade da moradia urbana seja
reconhecida como um resultado da falta de habitação a preços acessíveis.
Pelo novo conceito de urbanização, as cidades devem
ser:
1 - Socialmente inclusivas e envolventes;
2 - Acessíveis e equitativas;
3 - Economicamente vibrantes e inclusivas;
4 - Administradas coletivamente e governadas;
5 - Promover um desenvolvimento territorial
coesivo;
6 - Regenerativas e resilientes;
7 - Ter pessoas que compartilhem os mesmos
princípios e tenham o senso de pertencimento local;
8 - Bem planejadas, estruturadas para pedestres/ciclistas
e ter transporte público
eficiente;
9 - Seguras, saudáveis e promover o bem-estar;
10 - Aprender e inovar.
Nenhum comentário :
Postar um comentário