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terça-feira, 18 de junho de 2019

Reajuste de energia


Aneel aprova reajuste de energia para estados de Minas, Rio e Paraná
Novos valores começam a valer nos dias 22 e 24 deste mês
Publicado em 18/06/2019 - 15:43
Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil Brasília










Conta de luz


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou hoje (18) o reajuste nas contas de luz de consumidores dos estados de Minas Gerais, do Paraná e do Rio de Janeiro. Os novos valores começam a ser cobrados neste sábado (22), em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, e na segunda-feira (24), no Paraná.

Para os consumidores atendidos pela Energisa MInas Gerais (EMG), a Aneel aprovou reajuste médio de 6,73%. A empresa atende cerca de 457 mil unidades consumidoras localizadas em 65 municípios de Minas Gerais e um no Rio de Janeiro. Os consumidores atendidos em alta tensão pela EMG terão reajuste de 7,41% e os atendidos na baixa tensão, de 7,41%.
Segundo a Aneel, pesou no índice o impacto dos componentes financeiros e custos de compra de energia. A concessionária adquire energia da Usina de Itaipu, e esta transação é precificada em dólar.
Ainda no estado do Rio de Janeiro, a Aneel aprovou reajuste médio de 9,26% para os consumidores da Energisa Nova Friburgo (ENF).
Para a alta tensão, o aumento será de 9,48% e para a baixa tensão, de 9,21%. A empresa atende 108,6 mil unidades consumidoras localizadas nos municípios fluminenses de Nova Friburgo, Bom Jardim, Carmo, Duas Barras, Sapucaia e Sumidouro. 
A Aneel informou que, no cálculo do reajuste, levou-se em conta a variação de custos associados à prestação do serviço. "O índice de reajuste da empresa foi positivo, principalmente, pelos impactos dos componentes financeiros e custos de aquisição de energia", disse à agência.

Já para os 4,6 milhões de unidades consumidoras atendidas pela distribuidora paranaense Copel, o reajuste médio aprovado foi de 3,41%. Para a alta tensão, aumento médio será de 4,32% e para a baixa tensão, de 2,92%. Segundo a Aneel, o índice de reajuste foi impactado principalmente por componentes financeiros.
Edição: Nádia Franco
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terça-feira, 21 de março de 2017

Grandes cidades se organizando



Novos integrantes do Conselho Municipal de Planejamento Urbano do Rio de Janeiro são empossados
Sob a presidência de Ivan Pinheiro, equipe promete priorizar o eixo das Zonas Norte-Oeste
Luísa Cortés, do Portal PINIweb
17/Janeiro/2017

Tomaram posse na última segunda-feira (16) os novos integrantes do Conselho Municipal de Planejamento Urbano da Cidade do Rio de Janeiro (COPUR-Rio), que ocuparão seus cargos durante o biênio 2017-2018. Os arquitetos deverão propor e discutir alterações urbanísticas, que privilegiem o desenvolvimento socioeconômico da cidade.


Entre os profissionais escolhidos, está Augusto Ivan Freitas Pinheiro, que presidirá o conselho. Ele foi um dos responsáveis pela concepção do corredor cultural de preservação e revitalização do Centro, além de participar das ações de preparo da cidade para o projeto olímpico Rio 2016. É professor de urbanismo na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

A equipe também conta com o trabalho de Paulo Casé, José Cândido Niemeyer Soares, Pedro Rolim e Márcio Menezes, sendo os dois últimos funcionários de carreira da prefeitura. Paulo Hamilton Casé é responsável por diversos projetos arquitetônicos do Rio de Janeiro, assim como projetos de urbanização nos bairros de Ipanema, Bangu e na favela da Mangueira. Já José Cândido Niemeyer Soares tem como seu principal projeto a concepção do CIEP, em colaboração com Oscar Niemeyer.

Pedro Rodrigo Barbier Rolim, por sua vez, foi coordenador da Coordenadoria Geral dos Programas de Interesse Social da Secretaria Municipal de Urbanismo, responsável pelo licenciamento de projetos da política habitacional do Município, do Estado e da Federação. Márcio Menezes Lopes é integrante da Secretaria Municipal de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação, e também participou do projeto olímpico Rio 2016.

Segundo Freitas, a prioridade será a discussão sobre o eixo das Zonas Norte e Oeste, ao menos nessa fase inicial. Ele defende que a linha férrea seja incluída nos projetos, já que corte os principais bairros dessas duas regiões.

Fórum Urbanístico da Convenção Secovi-SP debate diretrizes globais e nova cultura
Ausência de visão de futuro é desastrosa para o desenvolvimento urbano, afirma especialista
Fabiana Holtz
30/Agosto/2016


 

Com o objetivo de disseminar o conceito de uma nova cultura urbana, a Convenção Secovi-SP promoveu um extenso debate sobre o tema durante o Fórum Urbanístico l, realizado nesta segunda-feira (29). Para analisar as diretrizes globais para o planejamento urbano, o evento reuniu Cláudio Bernardes, presidente do conselho consultivo do Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP), o arquiteto Arthur Parkinson, diretor presidente da Parkinson Desenvolvimento Imobiliário e o urbanista Carlos Leite, membro do Núcleo de Estudos Urbanos de São Paulo.

Presente nas discussões internacionais sobre soluções para o desenvolvimento das cidades de maneira sustentável, humana e planejada, Bernardes apresentou os 10 princípios para uma nova agenda urbana. "As cidades são verdadeiros motores de mudanças. Para funcionar, o planejamento urbano deve ter como centro as pessoas. Em um momento de eleições municipais acredito que é importante reforçar esses princípios", acrescentou.

A questão será foco da terceira Conferência das Nações Unidas sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentável (Habitat III), que acontecerá em Quito, entre 17 e 21 de outubro. A última edição do encontro ocorreu em Istambul (na Turquia), em 1996.

Parkinson, por sua vez, apresentou um retrato do caos urbano, suas causas e propôs soluções. "A ausência de visão de futuro, de pensar no longo prazo, com ações
implementadas passo-a-passo e pactuadas com todos é desastrosa para o desenvolvimento urbano."

O arquiteto anunciou também que o projeto da cartilha "Por uma nova cultura urbana", nascido em 2014, está concluído. Produzida em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), Senai e o Instituto Jaime Lerner (IJL), a publicação visa auxiliar as prefeituras no planejamento urbano. "É preciso mudar de rumo para evitar a catástrofe. O que o nosso setor pode fazer? Nós podemos e devemos ajudar, e muito. É o momento de nos reposicionarmos", afirmou.

A proposta de planejamento apresentada por Parkinson é estruturada em 30 anos, ou seis gestões, com o desenvolvimento de planos de mobilidade, de bairro e zoneamento (parâmetros urbanos). Nesse contexto, a gestão é fiscalizada de forma a garantir a continuidade do projeto. "Uma nova cultura urbana irá nos levar a uma cidade mais amiga. É gente nas ruas, nas calçadas, com a integração de todos os modais", concluiu.
Otimista, o urbanista Carlos Leite abordou detalhes do plano estratégico de Desenvolvimento Urbano Orientado pelo Transporte (DOT) criado para a região de Alphaville, Barueri e Santana de Parnaíba. O projeto tem uma visão de futuro de 40 anos. Isso significa que estará completamente implantado na década de 2050. "Existem muitas autoridades de municípios interessadas em implantar esse modelo de urbanização em suas cidades, mas não há capacitação", lamentou.

Leite elogiou o surgimento de mecanismos interessantes e inovadores para promover o DOT. Entre os instrumentos urbanos inovadores, o urbanista citou planos diretores contemporâneos, PPPs urbanas simplificadas; operações urbanas concentradas; Projetos de Intervenção Urbana (PIU) e planos estratégicos com visão de futuro.

Agenda urbana
A nova agenda urbana que será apresentada na Habitat lll apresenta 165 recomendações. Entre outros pontos, o documento pede que a Habitação seja tratada como uma das maiores prioridades para os governos nacionais e que a informalidade da moradia urbana seja reconhecida como um resultado da falta de habitação a preços acessíveis.

Pelo novo conceito de urbanização, as cidades devem ser:

1 - Socialmente inclusivas e envolventes;
2 - Acessíveis e equitativas;
3 - Economicamente vibrantes e inclusivas;
4 - Administradas coletivamente e governadas;
5 - Promover um desenvolvimento territorial coesivo;
6 - Regenerativas e resilientes;
7 - Ter pessoas que compartilhem os mesmos princípios e tenham o senso de pertencimento local;
8 - Bem planejadas, estruturadas para pedestres/ciclistas e ter transporte público
eficiente;
9 - Seguras, saudáveis e promover o bem-estar;
10 - Aprender e inovar.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Um Rio mais lindo e mais humano



Terceiro grande BRT do Rio, Transolímpica atravessa 11 bairros a facilita acesso a competição esportiva
Novo corredor possui 25 km, dos quais 13 km serão de vias expressas. Obra teve custo de R$ 2,2 bilhões
Por Alexandre Raith
Edição 60 - Julho/2016









Uma das principais obras de mobilidade já realizadas no Rio de Janeiro, o BRT Transolímpica abrirá novas alternativas de deslocamento em uma cidade que cresceu de forma desordenada e ao redor de morros que agem como barreiras naturais. O novo corredor tem 25 km de extensão, sendo 13 km de vias expressas, e avança por 11 bairros, conectando o Recreio dos Bandeirantes (zona Oeste) a Deodoro (zona Norte).
Além de reestruturar permanentemente as vias cariocas, o novo BRT (Transporte Rápido por Ônibus, na sigla em português) foi pensado para auxiliar a fluidez de visitantes e comitivas ligados aos Jogos Olímpicos. Assim, a via dá acesso à Vila dos Atletas, ao Parque Olímpico, ao Parque Radical e ao Centro de Hipismo e Tiro.

BRT Transolímpica tem 25 km, sendo 13 km de vias expressas, com duas faixas para carros e uma faixa exclusiva para ônibus articulados

Este é o terceiro BRT entregue no Rio como parte do plano de reestruturação da mobilidade urbana impulsionado pela Copa do Mundo e pela Olimpíada. Os outros dois - Transoeste e Transcarioca - foram inaugurados em 2012 e 2014, respectivamente, com extensões bem maiores.

A Transolímpica recebeu um investimento total de R$ 2,2 bilhões. O consórcio ViaRio, formado pelas empresas Invepar, Odebrecht TransPort e CCR, venceu a licitação realizada pela prefeitura para implantação e operação por 35 anos.

A obra começou em julho de 2012 e, até o fechamento desta edição, no início de junho, estava com 95% de conclusão e estimativa de inauguração no fim do mesmo mês. Ao todo, o BRT contará com três terminais e 18 estações.

Nem toda essa estrutura, porém, estará funcionando até agosto, durante a Olimpíada. Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, as operações nesse período se limitarão a apenas dois terminais (Recreio e Centro Olímpico) e a cinco estações (Olof Palme, RioCentro, Marechal Fontenelle, Magalhães Bastos e Vila Militar). Após os Jogos, quando a Transolímpica estiver em operação plena, todas as estações entrarão em funcionamento, informou a secretaria.

Neste primeiro momento, a abertura das pistas já será suficiente para gerar um efeito perceptível para quem atravessa a região. A estimativa é que o novo traçado reduza em cerca de 60% o tempo de viagem diária de 70 mil passageiros dos ônibus articulados e 55 mil motoristas que trafegam entre Recreio e Deodoro. Em cada sentido, há duas faixas para carros e uma faixa exclusiva para ônibus.


Integração
Além do acesso a centros esportivos onde serão realizadas as competições, o BRT facilitará o acesso às arenas localizadas nos bairros de Copacabana e Maracanã por meio de conexões com as linhas de metrô e trem.

Os usuários da Transolímpica poderão fazer a integração com o BRT Transcarioca, em Curicica, e Transoeste, no Recreio. Outros pontos importantes de conexão são os trens da SuperVia, em Magalhães Bastos, Vila Militar e Deodoro; e a linha 4 do metrô, via transferência pela Transoeste.

A malha permitirá também a integração com o BRT Transbrasil, previsto para ser entregue em 2017. Quando finalizadas, as quatro linhas de BRTs irão formar um anel viário de 155 km ao redor da cidade, atendendo a uma demanda antiga para reforçar a infraestrutura viária do Rio de Janeiro.

"Além de indispensáveis à realização dos Jogos Olímpicos, os projetos proporcionaram melhorias que promoveram um inegável ganho de qualidade de vida e ordenamento urbano. Este é o verdadeiro legado. A malha viária da cidade está se readequando", afirma Alexandre Pinto, secretário municipal de obras do Rio.

Engenharia
O BRT Transolímpica foi construído com avenidas de ligação em vias expressas urbanas. Para isso, foram realizadas as etapas de drenagem, contenção, terraplanagem, pavimentação e acabamento. Ao todo, estão sendo construídas 41 novas obras de arte especiais, entre viadutos, pontes e elevados.

Dentre as intervenções de maior porte está a duplicação da avenida Salvador Allende e a abertura de passagens pelo Maciço da Pedra Branca, com a construção de dois túneis com quatro emboques. O caminho será uma alternativa viária à Estrada do Catonho, que faz uma ligação bastante congestionada entre os bairros da zona Oeste atualmente.
O túnel situado na Serra do Engelho Velho tem duas galerias, duplo sentido e se estende por 1,3 km. Já o túnel localizado na Estrada da Boiúna possui duas galerias de 200 m cada.

"O volume de escavação com a perfuração para a abertura dos dois túneis foi de 350 mil m3 de rocha. Utilizamos sismógrafos dentro e fora dos túneis, além das casas mais próximas", explica Severino Garrido Júnior, gerente de engenharia da concessionária ViaRio.

Traçado passa por 11 bairros, ligando o Recreio dos Bandeirantes a Deodoro
Segundo o engenheiro, a equipe monitorava cada avanço da escavação para medir a velocidade do deslocamento das partículas e mapear o impacto no entorno. "Nas obras dos túneis, foi feito um acompanhamento com laser scan, que mapeava em três dimensões o processo completo de escavação e detonação. Também medimos constantemente a velocidade do deslocamento do ar e do ruído", conta Garrido Júnior.
Já os viadutos e pontes foram executados em concreto, com trabalho de mesoestrutura, pilares, vigas e concreto protendido, além de tabuleiros com vigas de concreto protendido e lajes pré-fabricadas. Há apenas uma estrutura mista, próxima da avenida Brasil, devido ao grande vão em curva. As fundações são em microestacas escavadas e tubulões de ar comprimido.

O impacto da construção do BRT Transolímpica nas ruas e avenidas que circundam a obra também teve de ser controlado pelo consórcio. Garrido Júnior afirma que, para minimizar as interceptações, o trabalho em viadutos e pontes foi realizado em modelos pré- fabricados transportados em carretas menores. Em função do limite do espaço urbano, houve também a troca do aterro por estrutura de terra armada, minimizando o número de desapropriações.

O engenheiro destaca o planejamento do traçado como o principal desafio da obra, já que o objetivo era o de minimizar o impacto em avenidas, residências e no meio ambiente. "No Parque da Pedra Branca, estudamos e encontramos um caminho alternativo, de menor impacto ambiental. Tivemos controle de ruído monitorado em nove pontos, gerenciamento de efluentes, resgate de fauna, educação ambiental e monitoramento arqueológico", relata.

Fluxo contínuo
Por ser um sistema de transporte que utiliza ônibus articulados transitando por faixas exclusivas e vias sem semáforos, o BRT garante um ininterrupto fluxo de trânsito. As paradas acontecem apenas nas estações e terminais fechados, que substituem os pontos de ônibus e contam com catracas de validação de cartão, o que aumenta a agilidade do embarque e desembarque, que pode ser feito por qualquer porta do veículo articulado.

 
Abertura dos túneis na Serra do Engelho Velho e Estrada da Boiúna demandaram a perfuração de 350 mil m³ de rocha. Projeto envolveu construção de 41 obras de artes especiais   
O pagamento da passagem em linhas de BRTs é realizado por cartões Rio Card e Bilhete Único (RJ e Carioca). Durante o período de competições esportivas, todos os modais de transporte local poderão ser acessados pelo Cartão Olímpico, criado pela Prefeitura do Rio para facilitar a locomoção tanto dos moradores quanto dos turistas - estes devem representar 53% do total de espectadores.

Estações e terminais

As 18 estações do corredor expresso da Transolímpica estão, em média, a 500 m de distância entre si. Já a localização dos três terminais foi definida para facilitar as viagens multimodais, com a integração com outras linhas de BRT, metrô e trem e de ônibus alimentadores.
Segundo o gerente de Vias Especiais da Secretaria Municipal de Obras do Rio de Janeiro, Eduardo Fagundes, o projeto dos equipamentos privilegiou a rapidez no embarque e no desembarque dos passageiros. Por isso, as estações contam com plataformas niveladas com o piso dos veículos.
"As estações de BRT foram concebidas seguindo um modelo sustentável e econômico. Na estação, é usada estrutura metálica, com brise e telhas. Os terminais têm estrutura similar, mas inclui plataformas com base em concreto para a circulação de pessoas", afirma Fagundes. "Este sistema facilita a execução, e a estrutura metálica é adequada para vãos maiores, necessário para acomodar ainda mais pessoas."
Nesse modelo, o projeto priorizou a ventilação natural dentro das estações, com cobertura longa e captadores eólicos, que estão sempre virados para o sudoeste. Todos os 18 pontos de embarque e desembarque são padronizados e compostos por material metálico e telas completamente vazadas, que também auxiliam na livre passagem de ar.

Perspectiva do Terminal Olímpico. Projeto prioriza a ventilação e a iluminação natural, além de moldes arrojados, que imitam uma árvore



Outras características do projeto mantêm o conforto aos passageiros. Fagundes explica que o Terminal Olímpico, por exemplo, localizado na Barra da Tijuca, é moderno, amplo e metalizado, e se assemelha a um grande bosque. "Os arbustos, formados por troncos de metal, material escolhido para racionalizar a obra, contam com copas que se encontram para formar uma grande cobertura, capaz de promover a sombra necessária ao espaço de 5 mil m²", conta o gerente.

Com o intuito de produzir a sensação de amplitude, o Terminal Olímpico tem poucos pilares e ganhou iluminação cênica totalmente em led, de baixo para cima, com spots na base dos postes de metal. Já o Terminal do Recreio funciona como local de conexão entre as linhas Transolímpica, Transcarioca e Transoeste. Em uma área total de 22,6 mil m2, estão distribuídas oito baias e 15 vagas para estacionamento de ônibus BR T e outros oito abrigos e oito lugares para veículos alimentadores, além de uma travessia subterrânea.

O Terminal do Recreio está localizado no trecho Viário do Parque Olímpico, que beneficia a região do entorno, na Barra da Tijuca. O BRT Transolímpica ainda conta com o Terminal Sulacap, que serve de ponto de integração com os ônibus alimentadores.

A era dos BRTs
O Transolímpica é o terceiro grande BRT (Transporte Rápido por Ônibus, na sigla em português) entregue no Rio de Janeiro, em meio ao plano de reestruturação da mobilidade urbana, impulsionado pela Copa do Mundo e Olimpíada.

Inaugurado em 2012, o Transoeste foi o primeiro corredor expresso em operação na cidade. Esta linha é utilizada por quase 200 mil pessoas e faz conexão com os BRTs Transcarioca e Transolímpica, além de estações de metrô e trem. A ligação entre o Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, e os bairros de Santa Cruz e Campo Grande tem 58 km de extensão, 62 estações e três terminais.

Já a Transcarioca, entregue em 2014 para Copa do Mundo, liga o Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador. O trajeto passa por 27 bairros e tem 39 km de extensão, por onde passam por dia mais de 300 mil passageiros, que embarcam e desembarcam em 47 estações e cinco terminais. A linha tem ligação com o BRT Transolímpica, no Terminal Centro Olímpico, em Curicica, e o metrô.

Parte das obras viárias construída para os Jogos Olímpicos, a Transolímpica liga os bairros Recreio dos Bandeirantes e Deodoro , na zona Oeste. São 18 estações e três terminais ao longo de 25 km de extensão, sendo metade do trajeto de via expressa. Está prevista a circulação de 70 mil pessoas por dia.

O último grande BRT será o Transbrasil, com entrega prevista em 2017. Sua construção está sendo feita ao longo das avenidas Brasil, Presidente Vargas e Francisco Bicalho, servindo como via de ligação entre as zonas Oeste, Norte e Centro da cidade. O corredor terá 28 km, sete terminais, 20 estações e 17 passarelas, além de cinco novos viadutos. Cerca de 800 mil passageiros devem utilizar a futura linha, que terá conexão com os BRTs Transcarioca e Transolímpica e integração com o metrô e o trem.