Belo Horizonte registrou no
primeiro trimestre aumento de vendas e lançamentos no mercado imobiliário
Dados são
do Bureau de Inteligência Corporativa e foram divulgados pelo Sinduscon-MG
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Conexão Construção 15/06/2018 - 11:20 hs
Foto: MG
Turismo
Desempenho
foi bom no primeiro trimestre, mas resultado no segundo preocupa
Os resultados do mercado imobiliário para as
cidades de Belo Horizonte e Nova Lima foram mais animadores nos primeiros
três meses do ano, de acordo com o Censo Imobiliário, estudo realizado pela
Bureau de Inteligência Corporativa (Brain) e divulgado pelo Sindicato da
Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG).
No 1º trimestre de
2018 foram lançadas 570 novas unidades residenciais, o maior número dos
últimos seis trimestres. Para entender a importância desse dado, basta
considerar que os lançamentos ocorridos nos primeiros três meses de 2018
foram superiores ao primeiro e ao segundo semestres do ano passado.
As vendas também se
destacaram. Foram comercializados 549 apartamentos novos no período de janeiro
a março, o maior número dos últimos três trimestres. Deve-se destacar que
o ano iniciou-se sob a perspectiva de um maior crescimento e consolidação
do processo de recuperação da economia brasileira, com as projeções sinalizando
incremento de 2,9% a 3% no PIB, inflação em patamares abaixo do centro da
meta e taxa de juros em queda. Entretanto, o segundo trimestre está sendo
mais conturbado com destaque para a greve dos caminhoneiros e seus reflexos,
instabilidades e incertezas no cenário político e no mercado de câmbio, o que
contribuiu para reduzir as estimativas de alta do PIB, que atualmente encontram-se abaixo
de 2%. Desta forma, é necessário observar os resultados dos próximos
meses para se verificar o impacto deste ambiente mais conturbado no
mercado imobiliário.
O ambiente de melhor expectativa
da economia brasileira nos primeiros três meses do ano refletiu nos resultados
do mercado imobiliário e as vendas cresceram pelo segundo trimestre
consecutivo, acima de 50%. No primeiro trimestre de 2018 foram vendidos 549
apartamentos, número 53,78% superior ao observado nos últimos três meses de 2017
e o maior dos últimos três trimestres.
Os lançamentos
voltaram a acontecer, registrando incremento superior às vendas e alcançando o
maior patamar dos últimos seis trimestres. De janeiro a março de 2018 foram
lançadas 570 novas unidades, o que correspondeu a alta de 200% em relação ao
trimestre imediatamente anterior, quando totalizaram 190 unidades. Com
esse resultado o estoque disponível para comercialização voltou a superar
a casa de 4 mil unidades e encerrou o mês de março em 4.017 unidades.
O preço médio por m²
foi de R$8.022,00 em março de 2017, acumulando alta de 1,7% nos primeiros
três meses do ano. Neste período, a inflação oficial do País, medida pelo
IPCA/IBGE cresceu 0,70%. Portanto, observou-se incremento real dos preços dos
apartamentos de cerca de 1%.
Em função do
expressivo incremento dos lançamentos o estoque de unidades novas disponíveis
para comercialização registrou incremento (0,53%) nesta base de comparação. A
disponibilidade da oferta final, em relação à oferta inicial, alcançou no
primeiro trimestre de 2018, 19,7%. Apesar deste número representar um
incremento de 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, ainda é
considerado um patamar muito baixo.
Na comparação do
primeiro trimestre de 2018 com igual período do ano passado observa-se queda
nas vendas (25,51%), que passaram de 737 unidades de janeiro a março 2017
para 549 em iguais meses de 2018.
Já os lançamentos
registraram incremento expressivo: 189,34% passando de 197 unidades (1º
trimestre/17) para 570 unidades (1º trimestre/18). Mesmo considerando o
expressivo incremento nos lançamentos o estoque de novas unidades disponíveis
para comercialização reduziu, passando de 4.453 unidades em março/17 para 4.017
em igual mês de 2018.
“O destaque do primeiro trimestre de 2018, em qualquer
base de comparação, foi o retorno dos lançamentos imobiliários. Entretanto, com
a instabilidade do segundo trimestre no cenário político, no mercado de
câmbio e na greve dos caminhoneiros que paralisou o País, aprofundando as incertezas
e instabilidade, ainda é cedo para se afirmar que o incremento dos lançamentos
se consolidará nos próximos meses’, segundo o vice-presidente da Área
Imobiliária do Sinduscon-MG, José Francisco Cançado. O dirigente ainda faz
ressalvas sobre a possível aprovação do novo Plano Diretor de Belo Horizonte e
o impacto que ela pode causar ao desenvolvimento da construção e a geração de
empregos no setor. “Questões como o
coeficiente de aproveitamento(CA) dos terrenos, afastamento, altimetria,
permeabilidade, cálculo das contrapartidas, custo do potencial adicional de
construção e vagas de garagem, são alguns dos pontos que precisam ser melhor
debatidos entre o poder público, o setor privado e a sociedade civil em busca
de propostas que sejam viáveis para todos os envolvidos”, finaliza.
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